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"Estranho o destino dessa jovem mulher, privada dela mesma, porém, tão sensível ao charme das coisas simples da vida..." - Amélie Poulain.

quarta-feira, 28 de julho de 2010


"Chorei por dias, parecia o fim do mundo, naquela manhã de 23 de dezembro. Uma amizade que se tornou amor para apenas um lado. Fomos amigos e amantes durante dois anos, estes que se passaram tão fulgás, pois pra quem ama, cada momento é tão rápido, que é desejado mais. Eu quis mais, mas pra você as coisas sempre estavam bem, quando eu via que os mesmos olhos que me amavam eram os mesmos que distraídos, longe de mim estavam. Me disseram que o ciúmes que cultivava, era o medo que eu fizesse o que provavelmente fazia. Eu não cansava de dizer que te amava e que tinha planos... tão cedo, tantos planos. Imaginava eu, que você era aquele com quem casaria, teria filhos e morreria ao meu lado. Por que amamos as pessoas que mais nos machucam? Você sempre duvidava do que eu dizia, e tudo que eu te dizia era verdade. Mas você, mesmo que entrelinhas, avisava que ia embora, que não ia ficar... Era uma forma tua de me preparar sem me machucar. E a nossa despedida foi tão doce, o último dia que você me viu com carinho, e nos despedimos como todos os dias que nos vimos, um simples "até logo". Nunca esquecerei aquele dia, esse até logo se repete várias vezes. O breve que não veio. E eu te esperei, até que preferiu me dizer adeus por telefone. Era o fim daqueles dois anos em que corria para teu colo, teu coração em meu ouvido, teu cabelo se misturando ao meu, o fim de todas as tardes desses anos. E hoje, fui até o lugar de costume... Só havia o vazio. E o sol não se pôs com a pressa daqueles anos jovens... Ele veio lento como a idade que nos tomou com o tempo. Eu preferi calar junto aos anos, e, por maior que era a dor, te esquecer. As coisas que você não quis, a tua ausência, não há mais você nas fotos colegiais. Quanto tempo faz, e na memória eu não fui embora. Eu fiquei aqui, aquela manhã 23, nunca chegou."


- Carta a Abelardo D.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Era uma vez Maria Antônia. Maria Antônia 
era uma jovem (jovem mesmo, 15 anos) 
que adorava sentir o gosto das coisas.
Ela passava o dedo na beira dos potes de doce, e se deliciava antes de servirem à mesa. Já provou grama, papel, lambeu parede, mas o que ela gostava mais era de chuva. Porém Maria Antônia nunca havia experimentado o gosto de beijo. 
Ela se perguntava como era, se a língua dos garotos era doce. Ela voltava da escola de bicicleta e para sentir o gosto da chuva dos dias de inverno, corria da escola ao tocar o sino, não havia tempo de perguntar aos garotos da escola qual era o gosto de beijo. Maria Antônia também gostava de ler coisas secretas dos alunos daquela escola. Certo dia, leu o caderno de André, que dizia: "Um beijo pode não ser uma coisa higiênica". Ela então assustada, passou a indagar que André sabia gosto do beijo. 
- André que gosto tem beijo? 
- Se for limpo, é bom.
- Hum... Onde é que eu arrumo um beijo do limpo?
- Comigo, mas a gente tá na escola. Quando a gente sair daqui, eu te dou.
- Tudo bem então.
E Maria Antônia esperou na chuva.... Esperou. Lá vem o André,andando na chuva e encostou bem perto dela.
- Tá. Vou te dar um beijo, mas fecha o olho. - disse André
- Ok, mas aqui... - Antes de fechar o olho, Maria Antônia já estava ganhando um beijo, desses de jovens.
...
- Gostou do meu beijo? 
- É o gosto que eu já gostava, antes de saber. 
André então passou a se gabar do que Maria Antônia estava louca de amor por ele. Mal ele sabia que Maria Antônia estava a falar da chuva. Garoto bobo! :)

sábado, 17 de julho de 2010

"... Nem sabe
Quanta diferença que faz
E às vezes
Faço que não vejo e nem ligo
E finjo, ser distraída demais.
Quantas vezes te desenhei
Mas não consigo
Ver o teu sorriso no fim.
Mas uma canção é tão pouco
Nem cabe
Tudo que eu quero falar"
: )
Tiê - Se enamora