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"Estranho o destino dessa jovem mulher, privada dela mesma, porém, tão sensível ao charme das coisas simples da vida..." - Amélie Poulain.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O rei

Era uma vez uma moça que viajava o mundo, passando assim por vários reinos e entre eles, ela decidiu escolher um para ficar. No alto do reino havia um castelo onde sentado no trono estava um grande urso a lamber os dedos de mel.Tal moça se manteve assustada, porém o urso disse para não ter medo. Apesar de seu tamanho e o seu poder sobre os moradores daquele lugar, o urso carregava a inocência na íris... Logo, ela estava segura para seguir sem medo e confiar que o nobre rei poderia lhe mostrar todo o reino. Por dias, O grande urso mostrou-lhe a alfaiataria, a casa de pães, os arrozais, as pequenas casinhas e o seu povo. Porém, havia um caminho escuro que acabara às margens de uma floresta de árvores, tão escuras, o único lugar que o rei insistia em esconder. A moça desde o princípio, havia dito que era curiosa e que não escondesse nada dos fatigados olhos dela, O rei urso então confessou que seu coração estava protegido ali, onde ninguém ousaria tocá-lo, onde o frio acalmava a generosa e mais nobre parte do rei. Para o urso, a estrada gélida daquela floresta afastaria amor de seu coração, um sentimento que confundiria os passos cheios de razão do nobre, e por não saber o que é o amor, vivera sozinho todos esses anos em seu castelo. A moça então se encaminhou até a frente do coração e tentou tocá-lo, porém ela parou insegura. O rei pediu para ela não ter medo, ela acatou o pedido e seguiu. Afinal, a confiança que uniu a menina e o grande urso será a mesma por todo sempre, mesmo que ela vá embora do reino e mesmo até que se esqueçam um do outro. Por agora e sempre, ela, o coração e o rei.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O clandestino


Sempre quis estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ou pelo menos, saber de tudo, como um ser curioso. Eu sou curiosa, e não vejo isso como defeito. Considero um certo caso que me ocorre, fruto da minha curiosidade... Eu me tornei uma observadora constante de você. Quis a cada dia então, saber mais sobre tal, mas acontece que eu, passageira do teu mundo, sabia que nessa viagem você era clandestino. Alguém que carregava em seu olhar todo o mistério de um mundo pequeno e só seu, me encantando. Porém, o olhar desse clandestino é segredo e disso eu já sabia, mesmo assim, quis seguir sua amiga. Uma amizade minha e sua, tão nossa, que não há se quer a vontade de mostrar aos que não entendem o que seria uma amizade fullgás. Como eu disse, fullgás, por que sei que como clandestino, será breve e passageiro. Apenas quero dedicar tão poucas linhas ao teu olhar, que guia as regras da nossa amizade, jogando sem saber o porquê. Agora, com sua licença meu amigo clandestino, eu gostaria de ancorar meu pequeno coração efêmero, por esses tempos aqui.