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"Estranho o destino dessa jovem mulher, privada dela mesma, porém, tão sensível ao charme das coisas simples da vida..." - Amélie Poulain.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Era uma vez Maria Antônia. Maria Antônia 
era uma jovem (jovem mesmo, 15 anos) 
que adorava sentir o gosto das coisas.
Ela passava o dedo na beira dos potes de doce, e se deliciava antes de servirem à mesa. Já provou grama, papel, lambeu parede, mas o que ela gostava mais era de chuva. Porém Maria Antônia nunca havia experimentado o gosto de beijo. 
Ela se perguntava como era, se a língua dos garotos era doce. Ela voltava da escola de bicicleta e para sentir o gosto da chuva dos dias de inverno, corria da escola ao tocar o sino, não havia tempo de perguntar aos garotos da escola qual era o gosto de beijo. Maria Antônia também gostava de ler coisas secretas dos alunos daquela escola. Certo dia, leu o caderno de André, que dizia: "Um beijo pode não ser uma coisa higiênica". Ela então assustada, passou a indagar que André sabia gosto do beijo. 
- André que gosto tem beijo? 
- Se for limpo, é bom.
- Hum... Onde é que eu arrumo um beijo do limpo?
- Comigo, mas a gente tá na escola. Quando a gente sair daqui, eu te dou.
- Tudo bem então.
E Maria Antônia esperou na chuva.... Esperou. Lá vem o André,andando na chuva e encostou bem perto dela.
- Tá. Vou te dar um beijo, mas fecha o olho. - disse André
- Ok, mas aqui... - Antes de fechar o olho, Maria Antônia já estava ganhando um beijo, desses de jovens.
...
- Gostou do meu beijo? 
- É o gosto que eu já gostava, antes de saber. 
André então passou a se gabar do que Maria Antônia estava louca de amor por ele. Mal ele sabia que Maria Antônia estava a falar da chuva. Garoto bobo! :)

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