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"Estranho o destino dessa jovem mulher, privada dela mesma, porém, tão sensível ao charme das coisas simples da vida..." - Amélie Poulain.

domingo, 29 de agosto de 2010


O moinho
          ao anônimo


Há em meu quarto quase tudo que me remete boas lembranças. As fotos, os objetos e os livros espalhados... estes que levam meu imaginário longe e me faz levar ao papel o que eu sinto. Gostaria que soubesses que escrever é um ofício da alma, minha única forma de falar com você, anônimo. Escrevo cada palavra dessa folha como quem canta sem platéia, como um moinho esperando a ventania. Porém, o moinho sabe por quem deve esperar, eu não. Sei que tua platéia é incerta e que tua presença tão ausente (é, presença ausente) me confunde. Um anônimo não tão anônimo, cujo prefiro fingir que desconheço, mesmo sabendo até com quem dormes, era um amigo. Cabe a mim te contar, meu amigo, que me envolvi em um amor cotidiano, entretanto, ciumento de ti, pois meu amor nada bobo chuta, talvez acertando quem sejas. Ele me pediu teu afastamento e acolhi desde então tal pedido, pois do certo e do incerto, é mais cômodo seguir do que sei. Não que eu seja acomodada, longe disso, mas porque você não faz parte do plano do meu possível. Por fim, é fato que em meu quarto vou te colocar na estante das minhas boas lembranças. E, ainda cantando sem platéia, te deixo, pois para todo moinho não só basta a ventania meu anônimo, mas também, a direção da qual ela vem. : )

1 comentários:

Anônimo disse...

:O
Que bonito!
: |